Amber Heard e o Transtorno de Personalidade Borderline
Amber Heard e o Transtorno de Personalidade Borderline
Entenda como funciona o possível Transtorno de Personalidade Borderline de Amber Heard
A Dra. Shannon Curry, psicóloga contratada pelos advogados de Johnny Depp, declarou nesta terça-feira que Amber Heard sofre de transtornos de personalidade, especificamente o transtorno de personalidade limítrofe (borderline) e de transtorno histriônico.
A psicóloga baseou sua avaliação em materiais do caso fornecido pelos advogados de Depp, e em entrevistas realizadas com Amber. Segundo a psicóloga, Amber demonstrava "muita raiva interna e hostilidade", além dos relatos de violência física decorrente de "estados de ânimo flutuantes".
O caso ainda está em julgamento e os advogados de Amber alegaram que a psicóloga foi contratada para depor em nome do Deep. Portanto, é importante ter cuidado com essas informações, principalmente quando falamos do transtorno de personalidade borderline (TBP) que é carregado de muita estigmatização e desinformação.
Por exemplo, 40% das pessoas com borderline não são diagnosticadas corretamente. Mas, o que torna esse transtorno tão difícil de diagnosticar?
De maneira geral, os transtornos de personalidade são mais difíceis de diagnosticar porque o transtorno está justamente na maneira como a pessoa lida e reage com as situações da vida. Pense assim: Se você tem ansiedade ou depressão, você consegue perceber que tem algo errado com você, diferente de uma pessoa com transtorno de personalidade.
Especificamente pessoa com borderline nasce com uma tendência a sentir as emoções de maneira muito mais intensa e duradoura do que as outras pessoas. Então, as emoções surgem mais rápido, doem mais e demoram mais tempo para passar!
Essa característica de sentir tudo com mais intensidade leva a pessoa com borderline a ter uma alta instabilidade emocional (que muitas vezes é confundida com bipolaridade). Em questão de minutos a pessoa com TPB pode ir de uma alta felicidade a um intenso surto de raiva ou tristeza.
Outra característica bem marcante desse transtorno é a instabilidade nos relacionamentos. Pessoas com esse transtorno são muito inseguras e tem, na maioria das vezes, um gatilho muito forte para abandono. O que leva a relacionamentos, algumas vezes, abusivos (tanto em ser abusiva(o) quanto em se submeter em relacionamentos abusivos e não sair por medo de ficar sozinha(o)).
Entretanto, o que torna esse transtorno muito perigoso é que as pessoas com TPB são muito impulsivas. Consumir altos níveis de álcool, comer impulsivamente, fazer compras impulsivas, se automutilar, e até mesmo cometer suicídio são alguns dos comportamentos impulsivos mais comuns do TPB.
É muito importante dizer que a pessoa com TPB pode sim ter um vida feliz e plena. Conhecer e regular as emoções é parte importante do processo! Procure um psicólogo e psiquiatra qualificado. Clique aqui e conheça mais sobre o meu método de psicoterapia.
Davi Italo
Davi é graduado em psicologia pela UNICAP com ênfase em psicologia clínica na abordagem cognitivo-comportamental e Terapeuta Comportamental Contextual formado pela Eurekka.